quarta-feira, fevereiro 28, 2007

reflexão


Vou querer olhar...
Para onde?
Para que lugar?
Não sei, só sei que vou mudar
Ou tentar...
Mudar o meu OLHAR!!!

MUDAR???
Se o reflexo deixar...


Eu vou ACREDITAR!


belakbrilha

3 comentários:

sonito disse...

Nunca falamos sobre “Hoje”... Pois não?




Noites mornas e ternas...

Cúmplices...

Deu-se absolutamente tudo o que havia para dar...

Não ficou nada por dizer.

Excepto o que nasceu depois...

Muitas noites sem rumo, muitos gritos da Alma que se afundavam na realidade que não podíamos nem sabíamos mais como combater.

Noites em que nos perdíamos e nos reencontrávamos vezes sem conta.

Só porque era bom...

Só porque era muito difícil ficar sempre... E só porque era difícil partir...



Não quero que o quarto seja este quando eu disser as palavras que até hoje ainda ninguém ouviu...

Não quero que sejam estes os lençóis. Devem ser outros, de outra cor...

A luz não pode ser tão forte. Tem que ser mais suave para não sufocar a verdade...

Não quero que o quarto seja assim. Porque, nesse instante, não pode existir mais nada para além dele.

Quando eu disser as palavras que nunca disse...



Os lençóis onde eu estiver deitada devem confundir-se comigo... Misturar-se... Diluir-se em mim... Para formar uma essência que se dê a conhecer apenas nesse breve momento e que logo depois se dissolva, para nunca mais existir...



Hoje senti que, de repente, os dias voltaram a passar.

Os objectos que me rodeiam deixaram de estar cobertos por uma espessa camada de pó e revelaram-me novamente a sua natureza em forma de cor, textura e geometrias variadas.



Hoje senti que não me importo que estejas longe...

Prefiro essa ausência à que sentia quando estavas presente...

Subitamente, a distância de mim aos outros dissipou-se e deu lugar a um mar que me transporta na sua ondulação sem destino pré-definido. E não me angustia mais não saber exactamente onde me vai conduzir... Estou à deriva... Enfim...



Hoje senti-me vibrar novamente só por notar que a minha pele ainda é macia e quente, que a minha boca ainda tem a forma do desejo e que as minhas mãos ainda mergulham sofregamente na realidade com a certeza inabalável de que vale a pena ousar...

Olhei o meu reflexo em tudo o que à minha volta mo devolve. E, surpreendida, constato que estou a sorrir... Continuo a saber sorrir...



Hoje senti que nunca falamos sobre “hoje”... Pois não?



Tenho andado alheada de sonhos e sido cúmplice de uma realidade que antes não deixava aproximar-se. Conivente e comparsa num plano que não sei como termina. Vou movendo o meu corpo indiferente à brisa que me rouba e leva para muito longe as essências de outros dias...



Posso dizer-te um segredo (que nem é segredo)?

Amo-te.

E mesmo que a minha boca não o diga, é tudo o resto em mim que o pronuncia.

As minhas mãos dizem-no de cada vez que voam delicadas em carícias doces no teu cabelo.

Os meus olhos gritam-no todas as vezes que pousam suavemente nos contornos de tudo o que és. Especialmente na curva do teu sorriso.

O meu corpo sente-o sempre que acontece a fusão explosiva e fatal das nossas peles e do nosso desejo.



Lamento, mas não me vou desculpar mais...

Sei que é complicado, mas não vou pedir desculpa por amar...

E não posso poupar-te ao meu Amor...

belakbrilha disse...

Lindo poema!

Não sei de quem é o autor, mas é muito bonito, um pouco grande! ;)

Para o que escrevo...as minhas "palavras soltas", são de pequenho tamanho, mas com todo o Sentir...

Bigada pelo comentário!

Até breve...volta sempre!

Nilson Barcelli disse...

Todos nós estamos sempre a mudar.
Mesmo sem o querermos nem darmos por isso.
Como tu vais pelo menos tentar, vais mudar por certo. Podes é não mudar completamente para aquilo que queres.
Acredita, por isso, que vale mesmo a pena.
Um beijo.